terça-feira, julho 27




Lembrei-me de ti
Porque só tu eras
Esperança raiva e aventura

Hoje vou voltar a ti, querida Margarida, depois de tanta mudança na minha vida. Sabes bem que me podes encontrar e saber de mim, basta quereres e escreveres o meu nome em qualquer directório, google, facebook, hi5, blogs. Vês logo fotos minhas, poemas, estórias e aventuras que se têm passado. Não sei se morreste ou simplesmente nunca mais vais querer ouvir de mim, e ninguém tem culpa de existirem sentimentos. A vida ensina diferentes maneiras de percorrer o mesmo caminho, e fiz o melhor que pude para chegar a bom fim. Não foi suficiente para ti? Tudo bem, a magia continua.
Acredites ou não, escolhas que fiz transformaram a minha vida numa viagem mais agitada, e parece que gosto disso. Mudei de hábitos, trabalho e morada. Mantive os de sempre e angariei muitos outros amigos. Continuo na boa vida pois sempre a olhei de frente, diplomaticamente e positivamente. Engraçado como sou capaz de em tudo o que me acontece e o que acontece aos outros extrair as melhores partes, guarda-las para mim e tentar transmitir para outros, e mesmo que não consigam ver não deixo de tentar.

A distância mata. O tempo nem sempre cura. A saudade nunca morre.

Estou a mais de um bilião de passos de ti. A pé, demoraria um ano a chegar, de avião seria duas horas. E esta distância vai seduzindo o sentimento a uma suave morte que teima em encontrar-se em estado vegetal e a nunca desligarem a máquina. Mais longa é distância que o teu coração agora se encontra, antes tão perto e agora passa por mim na rua como se um desconhecido se tratasse. O pior é a distância que o meu se encontra de ti. Estou mesmo ao lado, mas com uma barreira no meio, finíssima, transparente e ao mesmo tempo intransponível e intocável, porque não quer deixar de te ver mas também não quer voltar a sofrer.

A distância mata. O tempo nem sempre cura. A saudade nunca morre.


Já passaram eternidades desde o dia em que nos conhecemos até ao dia em que disseste-me adeus e provavelmente um até nunca mais, passando pelas noites raras passadas sozinhos com o resto do mundo, a redigir sonhos nas estrelas e a pedir por algo mais como as nossas crianças a brincarem no jardim, acordar sempre apaixonados e acabarmos todas as nossas ultimas noites juntos à lareira. E nunca conseguir perceber o porquê de não passar de sonhos deixa-me completamente de rastos. Sabendo que outrora podíamos ser uma estória bem mais bonita do que a que foi realmente escrita e agora já é tarde demais podia ser bem uma desculpa para lágrimas caírem mas não me permito a isso porque o amanhã virá e tenho que estar preparado. E estou.

A distância mata. O tempo nem sempre cura. A saudade nunca morre.

E isto tu sempre soubeste que penso assim, e em mim, a esperança quase sempre acompanhou a saudade. O misto de amor/ódio tem destas coisas, querer sem querer, amar sem pensar, sentir sem razão. Não tenho maneira de quantificar um sentimento, mas provavelmente foste a mais, o maior, o mais longo. Provavelmente...

E ires embora sem dizer adeus cria em mim a esperança de te ver brevemente, mesmo sabendo que nunca se irá realizar.


terça-feira, julho 20

ly(F) ready to




Bem, ainda sem o ID mas com vontade de voar de novo... ah, e nos entretandos, la vai um gajo dar massagens e espetar umas agulhitas!!! EHEHEHEHEHHEHEHE


Novidades maiores, agora so depois do dia 6, quando tiver net em casa....

sábado, julho 3

Erché(P) ci piace


Quinta-feira, Outubro 30, 2008
like a falling star



Now that she's back in the atmosphere
With drops of jupiter in her hair, hey, hey
She acts like summer and walks like rain
Reminds me that theres time to change, hey, hey
Since the return from her stay on the moon
She listens like spring and she talks like june, hey, hey
Tell me did you sail across the sun?
Did you make it to the milky way to see the lights all faded
And that heaven is overrated?
Tell me, did you fall for a shooting star
One without a permanent scar

And did you miss me while you were looking at yourself out there?
Publicada por Bolotchinha em 1:54 PM


porque mereces, tu, a minha pequena, a minha menina...
porque mereces, tu, quem me liga 5 minutos antes e fala muito mais depois...
porque mereces, tu, com quem bons momentos foram todos...
e só queria ver-te mais uma vez, digamos... hummm dia 10? ;)

(se a menina pixie vir isto, o pooh não está a espalhar mel!!!)

quinta-feira, junho 24

Erfume(P) pela manhã


Todas as manhãs que te aproximas o meu pensamento regressa ao passado, ancora os meus sentimentos longe de terra e faz-me derivar nas saudades que tenho.

Sempre que inicio essa viagem chego à conclusão que não quero voltar a porto, pois parti com a minha metade e deixei-te com as tuas. Até que acordo de uma ilusão e que só me resta o perfume pela manhã, essência que no meu consciente só a uma alma pertence.

Todas as noites perco-me nas luzes das festas e só por um simples momento em que essa essência embrulha o meu corpo, eternidades na minha cabeça ecoam em segundos e sussurrando a uma só voz – apaixona-te de novo.

E todos os dias que sinto-te por perto, esse perfume que me persegue, impinge-me acções que não seu medir, e quedas e merdas e cicatrizes aparecem por todo o meu ser, vitima de uma droga que todos os dias me atormenta. Como é possível significares tanto para mim?




quinta-feira, junho 3

Almas gémeas, blue eyes...

Por causa das manias das almas gémeas é que ainda estou apaixonado por , Maria Cecília, depois de tantos anos de silencio e separação, de espera e de abnegação e, te confesso, de uma tristeza que aos poucos foi sendo substituída por uma doce e serena melancolia à qual me habituei como uma segunda pele e sem a qual agora já seria um homem infeliz.

A vida tem destas coisa, está sempre a indica-nos vários caminhos ao mesmo tempo e ás tantas uma pessoa confunde-se, hesita, volta atrás, troca o tempo e o passo e quando dá por isso, zut, a oportunidade passou-nos ao lado e não vale a pena correr atrás dela, porque a vida vai sempre muito mais à frente do que nós pensamos, cada dia é uma nova dimensão que nos parece sempre a mesma e o tempo voa muito mais depressa que o nosso coração, por isso nem o vemos passar e quando reparamos nos cabelos brancos e começamos a afastar dos olhas as listas dos restaurantes para escolher entre o bacalhau e o lombo assado é que nos apercebemos do todo o tempo que já passou. Mas isso é só para nós, porque aqueles que amamos estão sempre na mesma e como vivemos dentro deles e mergulhamos pelos olhos que vemos, passem meses, anos ou décadas. Deve ser por isso que quando me cruzei contigo na subida da Garret, te vi com vinte e tal anos, antes de partires para Paris, antes de te casares com o meu primo Francisco que tinha bom porte, melhores modos e uma ambição desmedida que o levaria ao topo da carreira. E foi assim que te perdi, por incompetência ou timidez, eu que era o primo doido, o pintor surrealista que se distraia horas a desenhar ratos e rãs com chapéus de palha, que lia o Buñuel e praquejava contra o regime e que por isso mesmo nunca arranjei nenhum tacho, muito menos uma carreira como o Francisco, o menino bonito, formado em Direito com 17 que era o orgulho da família. Eu tinha a sensação que o Francisco nunca falava contigo nem de livros nem de musica , nhem de nada que aquecesse o coração, mas era só uma impressão, afinal parecias feliz, convencida do teu papel de futura embaixatriz, sempre muito bem penteada, com uma bandelette que te deixava a testa e os olhos desenhados com grande nitidez e eu queria sempre mergulhar neles para te ouvir melhor, porque já sabia, embora nem quisesse pensar nisso, que te amava e que fazias parte de mim.

A vida é um eterno regresso a casa, vai dando voltas e voltas até nos pôr à frente aquilo que mais amamos ou tememos – e que é afinal tantas vezes a mesma coisa e foi assim que te voltei a encontrar, já sem bandelette, mas com a mesma testa e os mesmos olhos e vê la tu que me apeteceu logo mergulhar outra vez, porque como tudo se repete, também o amor sofre deste triste infurtúnio, vai e vem muitas vezes no mesmo olhar e nunca morre, mesmo quando o tempo passa e nos trás outras vidas.

O Francisco morreu há três anos, viveste no mundo inteiro, tens três filhos criados e uma casa na Lapa, contaste-me tudo na esplanada da Brasileira com o poeta esquizofrénico a beber as tuas palavras mesmo ali ao lado e pareceste-me mais velha, mais magra mas sempre bonita e foi como regresar outra vez a casa, depois de tantos anos de uma solidão povoada que nunca mais consegui matar.

Devia ter-te declarado o meu amor quando ainda usavas a bandelette e ignorar a sombra do Frtancisco, devia ter desafiado o destino e acreditado que te poderias apaixonar por um pintor pobre e trapalhão, mas tive medo, Maria Cecília, e não segui o caminho certo, havia demasiadas setas. Agora estás viúva, eu estou separado e o que me prende à vida está nas telas e nos livros dos outros, mas talvez ainda vá a tempo de encontrar o caminho que me leve a ti e descubra finalmente se és ou não a minha alma gémea.

Tinha que o colocar, já o tinha guardado desde domingo, não este que acabou de passar, mas sim aquele do dia 21 de Abril de 2002. Obrigado "mpr" pelas pequenas coisas que vais escrevendo e eu vou lendo. Se existem histórias com amor que acabem bem, que uma delas seja a minha, pois ela já começou à muito tempo. 12/06/2009


03/06/2010


Hoje estou no Porto, tirando o curso para hospedeiro de vôo. Será que vou conseguir? Hoje quero por um post, então como falta de inspiração e com rascunhos por aqui, lá estou eu a enfiar mais um :P



terça-feira, maio 4

Uitarra(G) sem fado

A passar um mau bocado e não vejo o fim da estrada... não é para perceber, os corvos voltam sempre ao sótão de vez em quando. Hoje voltaram e só queria pegar no telemovel e ligar ao passado, acordar muito cedo, tão cedo que o tempo voltasse tão atrás obrigando a cumprir as devidas promessas. Encanto-me por elas - eternamentes e para sempres e afinal sobram os nuncas... e agora ao fazer a limpeza primaveril encontro a caixinha de pandora, restos de um outro tempo e o passado bate violentamente contra e que eu posso fazer? Caminhar, certo?

Fui bravo. Não peguei no telemovel. Já devo ter mil e uma mensagems e telefonemas. E eu quero fazer outras mil, minto, dez mil telefonemas, um milhão de sms e um sem número de toques...

A noite vai longa e lembro-me de ir à net.
Que merda! Vem um comboio silencioso construido por fragmentos, pedaços irrecuperáveis dos "ses".

Vai ser hoje a noite que vou saber o que é insónias. Nunca tão poucas cartas, fotos, prendas significaram tanto...

Vou voltar a cair na realidade ao acordar daqui a bocado mas quando a noite está a chegar. Como diz o Pedro " sou o tempo que acabou" e de facto, essa é uma boa verdade, somos a soma dos nossos passados e eu preciso de olhar muitas vezes para trás para ver o percurso que já fiz e saber quem sou, depois olhar em frente e continuar a caminhar. E tanto me falta escrever e é tããããããããããão tarde... e tanto se falta cumprir...

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