quarta-feira, fevereiro 18

Tudo na mesma

Quando faço a curva depois da ponte, olho para a minha direita e recordo a primeira vez que passei e vi aqueles pinnheiros, todos da altura da palma da minha mão. Passados 10 anos já são mais altos que eu mas ainda jovens. Chego ao pavilhão e temos casa cheia, o Coach repara lá do banco de suplentes que eu chego e acena. As equipas ainda estão a aquecer, a moldura humana presente enche o edifício de cores, emoções e nervos, gritos sincronizados das claques e dos pais animam o jogo que está prestes a iniciar. Apresentam-se as equipas e começa o jogo. Animado do inicio ao fim, apesar do publico estar a gritar mais pelas más prestações da equipa de arbritagem do que as dos jogadores (eu incluido claro). O jogo chega ao fim e cada vez mais saltamos e assobiamos, rimos e desanimamos, mas chegou ao momento final, todo o mundo entra numa explosão de alegria quando soa o apito final e ganhamos por um cesto de diferença. Aí olho para o Coach e cai uma leve lagrima pela minha face, lembrando à muito tempo quando era da mesma idade dos miudos, o mesmo Coach e o mesmo pulo de alegria. A diferença é que no meu jogo foi só um ponto de diferença, e marquei o meu único triplo dedicado em toda a minha vida desportiva à menina vestida com uma camisola cor de rosa que ao apontar-lhe o dedo corou, fazendo contrastar o dourado e azul...



Os melhores comentários que ouvi nesta tarde foram "vai mas é pos Águias de Alpiarça apitar a equipa de ciclismo" e "pó ano ganhamos a gente" sendo que a minha resposta foi "Já dizem isso desde que ando aqui, à pa í dez anos mas no final é sempre os mesmos a ganhar..." ;)


Mudam os jogadores e treinadores, mudam o pavilhão,nomes e as cores, mas a terra, as pessoas e os sentimentos são iguais e ganham sempre os mesmos...

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